A Imagem econômica apresentada no passado, era de que, países ricos sempre seriam ricos e os países pobres sempre seriam pobres, em tese, era a visão que países como EUA juntamente com os que fazem parte do G8, tinham e queriam que permanecesse. A falsa ajuda direcionada muitas vezes a esses países, que por sua vez, eram economicamente dependentes estariam sempre mantidos em rédeas curtas.
Há sete anos a traz, foi traçada uma previsão onde países como Brasil e China teriam uma representação significativa neste mercado onde o domínio era de poucos. Os BRICs, expressão criada por Jim O’Neill retratava países como Brasil, China, Rússia e Índia como emergentes. “Futuras economias de peso em um mundo cada vez mais globalizado”.
Definem-se como países emergentes àqueles que têm seu nível de criação de riqueza medida pelo produto nacional bruto, abaixo daqueles de economias desenvolvidas. O Brasil por sua vez, ao longo dos anos vem fazendo seu papel frente a essa servidão. Através de políticas mais consistentes é que foi possível mostrar ao mundo o quanto forte nós estamos ficando. A crise que toma conta dos EUA e Europa foi o teste que o mundo globalizado esperava para ver como os BRICs reagiriam.
“Ano passado, seis anos depois da observação feita por O’Neill, à economia desse novo bloco contribuiu com cerca de 70% para o crescimento do PIB mundial, contra 20% dos europeus e dos EUA”. Se pegarmos esses dados e dividíssemos igual por todos, teríamos um Brasil a 17,5%, contra meros 10% dos EUA.
O Comércio externo em que o Brasil vem trabalhando, visa hoje outros países fora do então bloco rico globalizado. O êxito deste comércio se deu com o fortalecimento do mercado interno. A China é um dos principais alvos desse mercado juntamente com a Índia. A de se levar em questão também o mercado interno, pois assim, é que se ganha forças para combater a desconfiança externa. A Exemplo disso temos aqui no Brasil, a melhora nos salários fazendo com que os brasileiros trocassem de classe econômica passando da pobre para classe média tendo como externalidade positiva o aumento na procura por bens e serviços. A China por sua vez, resolveu investir na terra favorecendo agricultores e devolvendo-os o que há muito tempo pertencia ao estado. Essa medida adotada assegurou ao mercado interno Chinês a segurança necessária para passar por essa crise econômica.
Os EUA se mostravam auto-suficientes, e por vezes ignoravam a economia dos países mais pobres. A intenção era fazer com que estes ficassem a mercê do domínio indireto americano. Um dos fatores que contribuíram para essa decadência, sem dúvidas, foram às guerras em que os americanos se envolveram ao longo dos anos. Muito dinheiro foi deslocado para estas causas que até o momento não o levaram a nada. Economistas americanos tinham absoluta certeza que nessa crise se os EUA caíssem, todo o resto do mundo iria com eles. O inacreditável aconteceu, seguindo a lógica americana era para os emergentes sucumbirem também, ao contrário disto, os emergentes resistiram e mais, são tidos como a solução para esta enfermidade econômica que assola as grandes forças mundiais.
O Velho mundo hoje faz justiça à denominação, dando espaço à nova ordem econômica. O que não se consegue prever até o momento é como o velho mundo reagirá com essa nova ordem.